Contato: Esperando um Sinal das Estrelas

Carl Sagan foi um dos mais inspiradores cientistas da nossa era. Ele passou a vida trazendo questionamentos importantes para as pessoas, tanto em seu trabalho como professor, depois como doutor, assim como em suas centenas de publicações científicas e contribuições à Nasa como consultor.
Suas ideias de exploração espacial, modelos e rascunhos são usados até hoje. Ele chefiou diversos projetos importantes, como os das sondas Viking e Mariner e também foi um defensor e tanto para a busca incansável de vida inteligente fora da Terra.
Dentre seus livros publicados, destaca-se Contato (publicado em 1985) ganhador do prêmio Locus. E esse filme trata-se de uma adaptação dessa história.


Neste filme Jodie Foster interpreta a Dra. Eleanor Arroway que trabalha no grupo SETI, de busca por vida inteligente fora da Terra. Ela acaba por se deparar com um sinal de rádio que não poderia ter sido enviado por alguém da Terra.
Sob uma aura de ceticismo, desconfiança e comodismo, todos duvidam a princípio de seu achado. Seu chefe acaba por assumir o projeto de interpretação do sinal, roubando os holofotes para si quando percebe a certeza da descoberta. Há então um jogo de gato e rato, de poder e cobiça. Temos capacidade de nos unir em prol de objetivos em comum?
No sinal recebido havia uma mensagem curiosa, dentre imagens antigas de transmissões de televisão enviadas pela Terra, estava um projeto intrincado e completo de uma poderosa máquina, um design nunca imaginado antes com um propósito desconhecido. Alguém queria que interpretássemos a mensagem e a construíssemos, como um manual de instruções.

Ela acaba por conhecer Palmer Joss (interpretado por Matthew McConaughey), que traz à tona debates incessantes, porém respeitosos sobre a visão da religião em meio a esse clima de descoberta. O contraponto existe a todo tempo no filme, como pensam os extremistas, os fundamentalistas, conservadores, os visionários, os políticos e os céticos. Todos partem de uma grande trama de controvérsias, mostrando toda a gama de emoções e vivências diferentes que temos na Terra.

Temos efeitos especiais empolgantes e belíssimos para a época, um espetáculo visual que nos mostra como somos pequenos e como o universo é vasto e silencioso. Eleanor e todos da Terra anseiam por um primeiro contato, por um vislumbre de uma outra raça. Estaria o ser humano apto para isso? Somos capazes de evoluir? De compreender nossa existência?
Temos uma jornada com uma linda mensagem de esperança. Um passo rumo ao autoconhecimento e ao questionamento do que nos faz “completos”.

“No fim das contas o mundo é um lugar melhor por causa da ciência e tecnologia? Compramos nossas coisas a partir de casa, navegamos na rede… ao mesmo tempo, nos sentimos mais vazios, solitários e mais desconectados uns dos outros do que qualquer era da história humana” – Palmer Joss

Outros posts:

• Ficha técnica do filme