Em entrevista à revista Collider no último dia 29, o ator Mark Ruffalo, que interpreta o Hulk, disse que “Thor: Ragnarok” seja talvez uma desconstrução de tudo o que a Marvel vem apresentando até então, isso devido a perceptível quebra de rotina em relação a personalidade dos personagens.
Acredito que ele esteja certo e essa quebra do “herói engessado” fez de “Thor: Ragnarok” uma produção com um bom ritmo, engraçada e com um roteiro de encher os olhos, dando um toque especial para aproximar ainda mais os fãs e novos fãs destes personagens. O que temos é algo semelhante ao que já estamos acostumar a ver em “Homem Aranha“, tirando “De volta ao lar”, e em “Deadpool” e claro, de “Guardiões da Galáxia“, muita tiração de sarro associado a ação e bons efeitos especiais.
Interessante que não era para ser bem assim até a última edição da Comic-Con, quando o diretor Taika Waititi decidiu manter 20 minutos de piadas no filme. Ainda em entrevista à Collider ele disse:
“Decidimos colocar todas as cenas com piadas de volta após vermos a reação do público na Comic-Con. Todas as cenas cômicas que tínhamos cortado voltaram. Fizemos um corte com 100 minutos, e decidimos deixar o filme mais engraçado. Por isso aumentamos meia hora de produção”.
E os resultados dessa decisão são os US$ 107,6 milhões de bilheteria internacional, até a data deste post, tendo estreado em praticamente metade dos mercados, incluindo o Brasil. Nos EUA, o filme chega aos cinemas em 3 de novembro e espera arrecadar mais US$ 100 milhões por lá.
Continuo considerando que a Marvel tem acertado cada vez mais em suas produções, trazendo originalidade e fidelidade em cada detalhe que vemos na tela. A forma ao qual eles vem introduzindo os personagens em cada filme é incrível e sempre nos surpreende, gerando expectativas imensas para os próximos filmes.
A proposta de ter um filme menos “duro” e cheio de referências, especialmente trazidas do HQ intitulado como “Planeta Hulk”, que inclusive você pode ver na Netflix, faz deste uma produção e incrível, porém, a beira de estar fora do ponto de equilíbrio. Se esses 20 minutos de piadas fossem 21, poderia ter ficado caricato demais.
A simples questão de tirar o Thor da terra e de todo o seu envolvimento “terreno”, especialmente de seu affair com Jane Foster (Natalie Portman), já deu uma repaginada no personagem e o deixa muito mais protagonista da história, ou seja, é de fato uma história de herói, palavra muito dita por Thor durante o filme, o que possibilitou explorar e apresentar o personagem de uma forma muito mais abrangente.
Em relação as atuações, destaque para Tessa Thompson que mandou muito bem como Valquíria mostrando muita personalidade e foco na origem da personagem que nos quadrinhos é bissexual, e segundo ela em publicação no Twitter, fez questão de manter isso embora o filme não tenha dado nenhum tipo de destaque para a questão.
E para finalizar com uma fantástica citação, não poderia deixar de falar da trilha sonora de Mark Mothersbaugh e da fantástica e irretocável “Immigrant Song” do “Led Zeppelin” que ilustra todas as cenas de ação. A verdadeira junção do perfeito com o maravilhoso!
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